quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Prazer, pés

Não sei bem me descrever, pois minha mente varia a cada minuto que mais aprendo. Eu poderia estar agora falando que meu nome é Carolina, amo ouvir música (quem não gosta?) e não saio de casa sem meu All Star. Mas você não saberia realmente algo sobre a minha personalidade, pois estilo não revela mente, no meu caso.
É tenso falar de si mesmo porque ou eu tenho de ser modesta ou falar o que penso de mim, o qye posso parecer que "me acho" ou, dependendo do dia, que sou emo, afinal, todos têm seu dia emo e seu dia "sou foda". Mas encontro uma característica que penso ser útil.
Seria eu então um par de pés ligado à pernas, cujo sem perna alguma não seria nada e todo esforço seria inútil. A base para algumas coisas mas que por um descúido pode causar desequilíbro. Assim como posso dar um passo a frente, posso voltar dez, e com muita influência das pernas pois "Diga-me com quem tu andas que direi quem tu és", como dizia o poeta. Mas acredito que minhas pernas são onfiáveis e me auxiliam a dar mais um passo a frente a cada dia. Assim, como todo pé, a perna é indispensável pois preciso teer alguém comigo para que eu seja alguém.
Posso ser e fazer várias coisas, mas de uma coisa tenho certeza: quero continuar seguindo em frente e em algum lugar, bom, chegar.

Artigo II

O Artigo II da Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que "Toda pessoa 'tem' capacidadepara gozar os direitos e liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição."
A prova da existência de direitos iguais, sem restrições, a toda humanidade está clara e bem redigida no papel. Mas, todos sabemos sem nenhuma surpresa que não é isso que acontece. Minhas desculpas aos que não entenderam o motivo das aspas que tomei a liberdade de colocar no verbo presente no Artigo II da Declaração, mas entenderão.
Vivemos num mundo chamado moderno. Será mesmo correto intitular nossa sociedade assim, onde há direitos mas não funcionam conforme são descritos? A organização econômica e social ainda é muito parecida com a de antigamente, as mudanças foram mínimas mas as diferenças determinando os direitos e contradizendo a Declaração dos Direitos Humanos ainda estão presentes. Será que um mundo moderno não seria uma sociedade reseitando as diferenças e não asa priorizando para determinar "classes"?
Calúnia dizer que isso só acontece em países subdesinvolvidos. Isso é um problema global na qual é raro vermos negros galãs em filmes hollywoodianos, latinos que não sofrem algum preconceito que seja em países de primeiro mundo ou mulheres bem favorecidas como presidentes em multinacionais, por exemplo.
Pelo visto, não parece que o "Artigo II" da nossa conquistada Declaração dos Direitos Humanos, depois de tantas lutas sofridas por distinções, é como um sonho, um artigo para o futuro? Houve mudanças, mas tão mínimas que são difíceis de serem percebidas. Depende de nós cumprir para com uma sociedade melhor e sem restrições para que todos tenham direitos iguais.